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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ca-ca-ca-cara de quê?

É tenso. Você está correndo pelas decisões que precisa tomar. Tem certeza de que não pensou o suficiente naquela última jogada, mas tem a mesma certeza de que não haveria tempo pra isso. Resta-lhe aquele borrão de mundo que passa batido, pra onde quer que se olhe.

Começou como um blefe. Nada complicado de se fazer, quando se tem poucas fichas à mesa. Difícil não suar, numa hora dessas. Cinqüenta a cinqüenta, sabe? Risco escroto, calculado assim… frio. A cabeça estava entrando no esquema pra pensar desse jeito, sem você nem notar. Números, em tudo o que se vê. E cada escolha deixa de ser “aposta” pra virar “operação”. Eufemismo estúpido.


Cards, de ~JohnnyP3 no deviantART

Mas foi blefe só até a virada. Ali, dois viraram três e a meia chance disparou. Ainda não era tudo, mas virou muita coisa. A corrida desabalada virou impulso para cada nova decisão. Você não pensa o suficiente porque, no fundo, não precisa. Ali, pensar seria ter medo demais, por estar tão longe.

Tudo”. Acabou de sopetão, com o barulho das fichas indo pro meio da mesa. Todos ainda em jogo. Todas as cartas abertas, menos uma… as pernas enfraqueceram, por um instante. Chronos tinha a melhor mão e, ali, estava valendo tudo. A tríade sempre foi uma “operação” traiçoeira. Que perfeito que nada, número amaldiçoado.

Uma eternidade, até o river… percorrendo os segundos antes da última chance. “Que seja”, você pensa. “Pode vir”. Treme, quando ela chega. “Fullen, valetes com quatros.”

E o impostor vive para ver mais um dia.

6 comentários:

Anônimo disse...

Poker???? :)

Beijocas

Macaires disse...

É, no jogo, devemos pensar sim, mas, mais que isso, é preciso ter instinto para saber a hora certa de arriscar ou entregar as cartas!!!

Um beijo, meu caro!

Sueli Maia (Mai) disse...

"Tudo acabou de sopetão" Delicado, né? (risos) Eu fico "P" da vida com blefes. De dama eu viro onça. Estás inspirado em novos textos. Oh! Os anos a mais...(risos) Beijo, Rei

bete disse...

vou nem falar...jogo mal demais, viu? bj
poker face fail.

Anônimo disse...

MAMA:
Adoro!

MACAIRES:
Quantas vezes esse mesmo instinto não nos entrega às mãos ruins da vida?

MAI:
Blefes são importantes, nessa vida. De se fazer e de se lidar com eles, caríssima. *rs*

IARA:
Ninguém mente pior em pôquer que o meu irmão, creia-me. Huahahahahaha!

Tyr Quentalë disse...

Jogos sempre são jogos e blefes smepre trazem os riscos.. Mas os humanos vivem disso.. de blefes e jogos, de riscos calculados e às vezes nem tão calculados.. Risco que podem fazer alguém desfalecer, alguém trmer de raiva, ou alguém rir nervosamente... mas ainda sim.. são jogos... nada mais que jogos.
Como anda a vida, meu caro bufão?