Se em meio a um mundo de descobertas, dois se descobrem um e um se descobre nulo, o que resta dessa vida se nada é o indivíduo e tudo é o outro? Nessa indefinição do ser, busquei um dia descobrir-me em outros olhos e encontrar algo que jamais perdi. Naqueles olhares só haviam máscaras... quem eu sou sempre esteve só comigo.
Empresta-me os seus olhos e esqueça do brilho aos meus. Ele ofusca e é por um motivo. Não me descubra neles, exceto nos momentos que a fome não os inflame. Na besta domada, ainda indócil, está o que procura. Pode fazê-lo?
Decifra-me ou te devoro.
11 comentários:
Muitas vezes em meio as descobertas descobrimos a nós mesmos e descobrimos que sempre buscamos a nós mesmos aos olhos dos outros. Mas são os outros que buscam em nós a si mesmos, achando que encontram no brilho de nossos olhares a nós.
Já decifrei tanto de ti, assim como decifraste tanto de mim, mas ainda seremos sempre a Esfige... prontos para devorar aqueles que não conseguirem nos decifrar.
meu amigo,
já deu um grande passo ao não procurar mais fora o que só pode ser achado dentro.
lugar comum dizer que olhos são as janelas da alma, mas de fato são, para quem bem sabe ver, mas mostrar a alma desnuda sem máscaras, só pra quem nos ganha a confiança e o carinho.
bjs
Grande descoberta, é isso que acontece quando ultrapassamos os limites dos olhos.
Linda semana para você.
Beijos e flores!!!
TYR:
Todo o processo de descoberta surge em bem mais q apenas o olhar, mas é este que consegue transmitir as melhores mensagens, não acha?
IARA:
Janela da alma, sim, mas tbm espelho do defronte, entregam como vemos o que se apresenta a nós. Tantas possibilidades, sempre.
NANDA:
"Os limites dos olhos" é um conceito delicioso de se pensar, sabia? Não havia chegado a isso, tão diretamente, adorei!
Se você não usa óculos,
precisará de uma lente marca alma
para enxergar além do que se vê.
Concorda?
bjos do Café com Creme...
"o que resta dessa vida se nada é o indivíduo e tudo é o outro? "
Resta o reconhecimento.
Muitas vezes a procura é mais enriquecedora do que o fim , propriamente dito.
Sejam olhos, janelas, espelhos, lentes, pouco importa, o que é mais importante é conseguir ver a si mesmo, inteiro e sem sombas.
Mas passei para conhecer a nova decoração do castelo, está super fashion.*rs*
bjs
ana
CACKAU:
É interessante pensar assim, tanto q nem sei dizer se concordo. Adorei a colocação e então faço uma pergunta: tem dessas em lente de contato gelatinosa? Pq a dura é tão incômoda. *rs*
POISON:
A caçada pode te ensinar muito mais do que o bote, com certeza. A procura, a busca... tudo isso instiga a mente e amplia os horizontes do olhar.
ANA:
As sombras têm seus propósitos, caríssima, mesmo para nós mesmos. Mas sim, poder se enxergar de forma plena faz toda a diferença.
Decifra-me ou te devoro.
eu fico sempre com a segunda opção ;)
E adoro Young Folks, do Peter Björn and John. É uma das músicas que sempre me anima.
Beijos!
Sou do time da Flá, prefiro a segunda hipótese.
Ainda que esfinges me instinguem.
E eu gosto de subir em mesas, para olhar as mesmas coisas, com outros olhos.
Beijos, Troll
FLÁVIA:
Cuidado, caríssima. Posso considerar um comentário assim um desafio. E o "vore" da situação é coisa instintiva do jeito de esfinge, certas horas.
Ah, e essa música é show demais. ;-)
TAYNAR:
Vale o aviso pra Flá, acima e subir em cima de mesas é aquele tipo de transgressão q literalmente te coloca um nível acima. Coragem? Não, certeza. Sempre. Adoro.
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